sexta-feira, 10 de junho de 2016

DIA DOS NAMORADOS AMOR... PAIXÃO... SEDUÇÃO... E CIA...



DIA DOS NAMORADOS
AMOR... PAIXÃO... SEDUÇÃO... E CIA...
             “Todas as formas de amor valem a pena...” Milton Nascimento.

Estudiosos do comportamento humano de diversas áreas, principalmente os neurocientistas descobriram mais recentemente, como funciona nosso cérebro diante das emoções que sentimos em tempo real, ou seja ao vivo, no momento exato em que a emoção está fluindo pelo nosso corpo e mente, através de imagens captadas pela ressonância magnética funcional ou através de tomografia por emissão de pósitrons, a exemplo do neurocientista holandês Gest Holstege que registrou o cérebro de uma mulher no momento do orgasmo. As pesquisas nessa área têm avançado muito e identificado cada vez mais regiões cerebrais responsáveis pelas diversas emoções. O cérebro humano pesa em torno de um kilo e nele existem trilhões de células que se comunicam a todo instante, através de circuitos neurológicos eletroquímicos que conduzem as informações e que permitem a apreensão e a elaboração de mensagens internas e externas, armazenamento de dados, exercícios de lógica, gestos coordenados, respostas automáticas e imediatas de defesa e recompensa, além de comandar todas as funções do nosso organismo. Dentro de nosso crânio existe o mais perfeito computador que Deus criou e nos presenteou que é o nosso cérebro, o mais diferenciado entre todos os animais no planeta Terra.

As zonas cerebrais responsáveis pelas nossas emoções são ricas em substâncias chamadas neurotransmissores: noradrenalina – serotonina – dopamina, opióides como a betaendorfina moduladora da memória e a encefalina principal opióide endógeno responsável pela química do prazer, esta emoção tão complexa que envolve várias regiões e substancias cerebrais para gerar esta sensação calorosa e fantástica que nos leva à atração, tesão, paixão e amor quando estamos enamorados.
Os principais fenômenos emocionais que circulam pelo cérebro são: alegria – tristeza – medo – prazer - raiva e que estão em conexão com os relacionados pela nossa sobrevivência enquanto espécie: fome – sexo – sede.
As áreas cerebrais que codificam nossas emoções, no momento da atração química sexual, encontram-se no sistema límbico, representadas por estruturas cerebrais que codificam comportamentos emocionais, aprendizagem, memória, motivação e regulação homeostática do meio interno. Sua principal função é a integração de informações sensitivo-sensorais com o estado psíquico da pessoa. Seguem abaixo as principais áreas do sistema límbico relacionadas com o comportamento sexual humano.
Amígdalas Cerebrais – controla o medo, afasta as sensações que sugerem perigo e desconhecido durante o envolvimento. Manter esta área em vigília dificulta a entrega nas relações.
Área Pré Frontal / Córtex Órbito Frontal (COF) – responsável pelos estímulos sensoriais, valores e auto-estima. Quando esta área se mantém ativada, tende a bloquear os impulsos que levam aos caminhos do orgasmo.    
Hipotálamo – Onde se processam as reações neuroquímicas de homeostase do meio interno e controle dos processos motivacionais de sobrevivência.
Córtex da Ínsula – Núcleo Caudado e Zona Tegmentar Ventral (ZTV) são as principais áreas ativadas durante o encontro sexual, despertando o prazer e receptividade aos estímulos corporais e sensoriais de recompensa, emitidos durante o envolvimento dos parceiros nas relações afetivo-sexuais, quando seus cérebros são inundados por neurosubstancias principalmente a dopamina que segundo a antropóloga norte americana Helen Fisher é o mensageiro neuroquímico mais importante para a modulação do prazer.
Os fenômenos cerebrais de ativar e desativar áreas específicas ao mesmo tempo, na prática não são tão simples assim, pelo fato de serem influenciados por fatores internos e externos inerentes a cada pessoa e a depender do momento. Cientistas comprovaram que diante de um suposto risco, nosso cérebro reage com a conexão de vários circuitos e aciona controles para evitar conflitos, capazes de prejudicar as relações afetivas. Quando se age dessa maneira, diante de situações que podem representar riscos ou incertezas, como uma ligação no celular não atendida, um atraso, uma página da internet fechada às pressas com a aproximação do outro, um olhar fixo ou sensual para o lado e tantos outros exemplos que podem levar a posturas impulsivas, desastrosas e ameaçadoras, comprometendo a vida a dois.
“Ninguém é dono de ninguém”, esta é a máxima certeza que permeia os relacionamentos e que no auge da paixão tendemos a não aceitar esta verdade universal.  Não podemos e nem devemos vigiar o tempo todo nossos parceiros, ou prever os destinos das relações amorosas ou garantir “o felizes para sempre” dos contos de fadas. Felizes sim, por ter a oportunidade de viver com alguém especial ao nosso lado, enquanto durar o relacionamento, que todas as endorfinas e opióides endógenos cerebrais sejam liberados diante de tanta emoção e que nos fazem tremer e pulsar nosso coração mais forte. Estas são sensações únicas experenciadas por aqueles que estão verdadeiramente enamorados.
Se sexo – amor fosse um bolo, seus ingredientes seriam:                                                                   
- Atração física - Tesão  
- Tempo - Aceitação
- Habilidade Sexual - Intimidade
- Afeto - Vinculo  
- Fantasias Sexuais
- Companheirismo
- Humor - Lúdico
- Quebrar a rotina  
- Gostar de se  cuidar                                                                                                            
- Ter atitude - Autoestima                                                                                  
   E...  Complete esta lista de ingredientes que nos faz seres especiais por amar, sentir tesão, prazer e paixão. Entregue-se a estes momentos intensamente, porém com responsabilidade por você mesmo e principalmente pelo outro envolvido na relação.
Parabéns pela comemoração dos namorados que deve ser todo dia, quando aqueles que se amam colocam juntos, tijolo por tijolo na construção do amor, este sentimento que não se explica, se vive ao longo da nossa existência.
Referências Bibliográficas

- ANGELO MACHADO, Neuroanatomia Funcional, 2º ed – Atheneu, São Paulo, 1993. 
- HELEN FISHER, Anatomia do Amor – Eureka, 1995. 
- SEGMUND FREUD, Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Livros do Brasil, Lisboa, 1905. 
- LESLIE LOPICCOLO, Descobrindo o Prazer – Sunnus, São Paulo, 1981. 
- CHARLES DARWIN, A expressão das emoções no homem e nos animais, 1872.
                

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