DIA
DOS NAMORADOS
AMOR...
PAIXÃO... SEDUÇÃO... E CIA...
“Todas as formas de amor valem a pena...” Milton Nascimento.
Estudiosos do comportamento
humano de diversas áreas, principalmente os neurocientistas descobriram mais
recentemente, como funciona nosso cérebro diante das emoções que sentimos em
tempo real, ou seja ao vivo, no momento exato em que a emoção está fluindo pelo
nosso corpo e mente, através de imagens captadas pela ressonância magnética
funcional ou através de tomografia por emissão de pósitrons, a exemplo do
neurocientista holandês Gest Holstege que registrou o cérebro de uma mulher no
momento do orgasmo. As pesquisas nessa área têm avançado muito e identificado
cada vez mais regiões cerebrais responsáveis pelas diversas emoções. O cérebro
humano pesa em torno de um kilo e nele existem trilhões de células que se
comunicam a todo instante, através de circuitos neurológicos eletroquímicos que
conduzem as informações e que permitem a apreensão e a elaboração de mensagens internas
e externas, armazenamento de dados, exercícios de lógica, gestos coordenados, respostas
automáticas e imediatas de defesa e recompensa, além de comandar todas as
funções do nosso organismo. Dentro de nosso crânio existe o mais perfeito
computador que Deus criou e nos presenteou que é o nosso cérebro, o mais
diferenciado entre todos os animais no planeta Terra.

As zonas cerebrais
responsáveis pelas nossas emoções são ricas em substâncias chamadas
neurotransmissores: noradrenalina – serotonina – dopamina, opióides como a
betaendorfina moduladora da memória e a encefalina principal opióide endógeno
responsável pela química do prazer, esta emoção tão complexa que envolve várias
regiões e substancias cerebrais para gerar esta sensação calorosa e fantástica
que nos leva à atração, tesão, paixão e amor quando estamos enamorados.

Os principais fenômenos
emocionais que circulam pelo cérebro são: alegria – tristeza – medo – prazer -
raiva e que estão em conexão com os relacionados pela nossa sobrevivência
enquanto espécie: fome – sexo – sede.
As áreas cerebrais que
codificam nossas emoções, no momento da atração química sexual, encontram-se no
sistema límbico, representadas por estruturas
cerebrais que codificam comportamentos emocionais, aprendizagem, memória,
motivação e regulação homeostática do meio interno. Sua principal função é a
integração de informações sensitivo-sensorais com o estado psíquico da pessoa.
Seguem abaixo as principais áreas do sistema límbico relacionadas com o
comportamento sexual humano.

Amígdalas Cerebrais – controla o medo,
afasta as sensações que sugerem perigo e desconhecido durante o envolvimento.
Manter esta área em vigília dificulta a entrega nas relações.
Área Pré Frontal / Córtex Órbito Frontal (COF) – responsável pelos estímulos sensoriais, valores e auto-estima. Quando esta área se mantém ativada, tende a bloquear os impulsos que levam aos caminhos do orgasmo.
Hipotálamo – Onde se processam as reações neuroquímicas de homeostase do meio interno e controle dos processos motivacionais de sobrevivência.
Área Pré Frontal / Córtex Órbito Frontal (COF) – responsável pelos estímulos sensoriais, valores e auto-estima. Quando esta área se mantém ativada, tende a bloquear os impulsos que levam aos caminhos do orgasmo.
Hipotálamo – Onde se processam as reações neuroquímicas de homeostase do meio interno e controle dos processos motivacionais de sobrevivência.
Córtex da Ínsula – Núcleo Caudado e Zona Tegmentar
Ventral (ZTV) são
as principais áreas ativadas durante o encontro sexual, despertando o prazer e
receptividade aos estímulos corporais e sensoriais de recompensa, emitidos
durante o envolvimento dos parceiros nas relações afetivo-sexuais, quando seus
cérebros são inundados por neurosubstancias principalmente a dopamina que
segundo a antropóloga norte americana Helen Fisher é o mensageiro neuroquímico
mais importante para a modulação do prazer.

Os fenômenos
cerebrais de ativar e desativar áreas específicas ao mesmo tempo, na prática
não são tão simples assim, pelo fato de serem influenciados por fatores
internos e externos inerentes a cada pessoa e a depender do momento. Cientistas
comprovaram que diante de um suposto risco, nosso cérebro reage com a conexão
de vários circuitos e aciona controles para evitar conflitos, capazes de prejudicar
as relações afetivas. Quando se age dessa maneira, diante de situações que
podem representar riscos ou incertezas, como uma ligação no celular não
atendida, um atraso, uma página da internet fechada às pressas com a
aproximação do outro, um olhar fixo ou sensual para o lado e tantos outros
exemplos que podem levar a posturas impulsivas, desastrosas e ameaçadoras, comprometendo
a vida a dois.

“Ninguém é dono de
ninguém”, esta é a máxima certeza que permeia os relacionamentos e que no auge
da paixão tendemos a não aceitar esta verdade universal. Não podemos e nem devemos vigiar o tempo todo
nossos parceiros, ou prever os destinos das relações amorosas ou garantir “o
felizes para sempre” dos contos de fadas. Felizes sim, por ter a oportunidade
de viver com alguém especial ao nosso lado, enquanto durar o relacionamento, que
todas as endorfinas e opióides endógenos cerebrais sejam liberados diante de
tanta emoção e que nos fazem tremer e pulsar nosso coração mais forte. Estas
são sensações únicas experenciadas por aqueles que estão verdadeiramente
enamorados.

Se sexo
– amor fosse um bolo, seus ingredientes seriam:
- Atração física - Tesão
- Tempo - Aceitação
- Habilidade Sexual - Intimidade
- Afeto - Vinculo
- Fantasias Sexuais
- Companheirismo
- Humor - Lúdico
- Quebrar a rotina
- Gostar de se cuidar
- Ter atitude - Autoestima
- Habilidade Sexual - Intimidade
- Afeto - Vinculo
- Fantasias Sexuais
- Companheirismo
- Humor - Lúdico
- Quebrar a rotina
- Gostar de se cuidar
- Ter atitude - Autoestima
E... Complete esta lista de ingredientes que nos
faz seres especiais por amar, sentir tesão, prazer e paixão. Entregue-se a estes
momentos intensamente, porém com responsabilidade por você mesmo e principalmente
pelo outro envolvido na relação.

Parabéns pela comemoração dos namorados que
deve ser todo dia, quando aqueles que se amam colocam juntos, tijolo por tijolo
na construção do amor, este sentimento que não se explica, se vive ao longo da
nossa existência.

Referências Bibliográficas
- HELEN FISHER, Anatomia do Amor – Eureka, 1995.
- SEGMUND FREUD, Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Livros do Brasil, Lisboa, 1905.
- LESLIE LOPICCOLO, Descobrindo o Prazer – Sunnus, São Paulo, 1981.
- CHARLES DARWIN, A expressão das emoções no homem e nos animais, 1872.
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